André Martins recebeu a bolsa do Conselho Europeu de Investigação para o projeto DECOLLAGE, que visa solucionar lacunas em modelos de aprendizagem profunda e melhorar a comunicação entre humanos e máquinas.
O investigador André Martins, do Instituto de Telecomunicações e do Técnico, recebeu uma bolsa de consolidação do Conselho Europeu de Investigação (European Research Council – ERC) no valor de cerca de dois milhões de euros.
A bolsa concedida ao investigador português será aplicada no projeto DECOLLAGE, que visa encontrar soluções para problemas fundamentais de processamento de linguagem natural (NLP). Para isso, a equipa de André Martins recorrerá a uma metodologia interdisciplinar que combina ferramentas de inteligência artificial, modelação esparsa, neurociência e ciências cognitivas.
O projeto DECOLLAGE tem como objetivo contribuir para a melhoria da comunicação efetiva entre humanos e máquinas e promover a colaboração na resolução de problemas cada vez mais complexos. A equipa de André espera encontrar soluções para as lacunas existentes nos modelos de aprendizagem profunda para o processamento de linguagem natural, como a incapacidade de generalizar para novos domínios ou de tirar partido de informação de contexto, tornando esses modelos mais confiáveis. André Martins é professor no Departamento de Engenharia Informática e no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Instituto Superior Técnico. É especialista em inteligência artificial, processamento de linguagem natural e machine learning.
Esta é a segunda vez que André Martins conquista uma bolsa do ERC. Em 2017, recebeu 1,4 milhões de euros para prosseguir o seu trabalho acerca de métodos de aprendizagem estatística estruturada combinados com redes neuronais artificiais. Agora, com a nova bolsa, poderá continuar sua pesquisa em um projeto ambicioso que tem o potencial de revolucionar a maneira como as máquinas e os seres humanos se comunicam.
Além de André Martins, mais duas investigadoras portuguesas receberam a bolsa de consolidação do ERC: Eugénia Chiappe, da Fundação Champalimaud, e Susana Viegas, da Universidade Nova de Lisboa. Ao todo, a ERC concedeu 321 bolsas de consolidação no valor de 657 milhões de euros em sua última edição.