O IPMA, em Oeiras, alerta para a necessidade urgente de mitigação das alterações climáticas para manter o aquecimento global em 1.5ºC, segundo dados do mais recente relatório do IPCC. Para evitar o colapso climático, é necessário reduzir as emissões de CO2 em metade, até 2030.
Ainda é possível limitar o aumento da temperatura global em 1.5ºC, objetivo definido no Acordo de Paris, segundo dados do relatório “Alterações Climáticas 2022: Mitigação das Alterações Climáticas”, elaborado pelo Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) e aprovado por 195 países.
O Departamento de Meteorologia e Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Oeiras, divulgou as principais ações identificadas no relatório como fundamentais para a mitigação das alterações climáticas, entre as quais se destaca:
- As emissões globais de gases com efeito de estufa continuaram a aumentar no período 2010-2019, mas para limitar o aquecimento a 1.5°C, é necessário limitar o crescimento em 2025.
- Não deverá haver novas infraestruturas baseadas em combustíveis fósseis.
- A evidência é clara: a hora de agir é agora. É necessário reduzir em metade as emissões de CO2 até 2030. Existem opções em todos os setores para cumprir este objetivo.
- Mudanças de comportamento e estilo de vida têm um papel fundamental na mitigação das alterações climáticas.
O relatório do IPCC urge por ações imediatas para reduzir drasticamente as emissões de CO2, eliminar gradualmente todos os combustíveis fósseis e aumentar a eficiência energética, energia renovável e sistemas elétricos. Em paralelo, é também fundamental reforçar a conservação e restauração de florestas e outros ecossistemas.
Este trabalho apresenta ainda soluções para apoio à tomada de decisão dos governos como resposta à mitigação das alterações climáticas, em todos os setores, tendo como base o acesso a tecnologia limpa e energia renovável a todos.
Consulte o relatório no Portal do IPMA.