O IGC e o INSA celebraram um protocolo de cooperação de âmbito alargado com vista a desenvolver iniciativas no domínio da investigação científica e clínica.
Já desde abril de 2020, praticamente no início da pandemia, que a Fundação Calouste Gulbenkian, através do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) colaboram no estudo da diversidade genética do coronavírus, responsável pela covid-19.
Quase ano e meio depois, este protocolo de âmbito alargado vem formalizar o trabalho conjunto levado a cabo pelos dois institutos para combater a pandemia. O protocolo permitirá continuar a estudar a diversidade genética do vírus SARS-CoV-2.
O estudo em causa permitiu a sequenciação de milhares de amostras do SARS-CoV-2 e foi um elemento essencial na intervenção e definição de políticas durante a pandemia. A par disso, o protocolo irá também alargar a cooperação de ambos os institutos no domínio da investigação científica e clínica.
Para a presidente da Fundação Gulbenkian, Dr.ª Isabel Mota, o acordo “constitui mais um passo no movimento que esta pandemia tem fortalecido, que consiste na colaboração reforçada entre instituições científicas”. Isabel Mota acrescentou, ainda, que a iniciativa permitiu acelerar as descobertas necessárias para mitigar a mortalidade relacionada com a COVID-19.
Segundo o Dr. Fernando de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do INSA, “a assinatura deste protocolo vem reforçar a relação de cooperação já existente noutros domínios entre o IGC e o INSA”, frisando que o mesmo irá permitir um apoio mais robusto e atempado às tomadas de decisões na saúde pública.
Nos próximos tempos, as duas entidades vão colaborar nos estudos de evolução do SARS-CoV-2 e de resposta do sistema imunitário ao mesmo. Neste momento, o IGC segue cerca de 1800 pessoas vacinadas contra o vírus. O INSA vai receber os dados recolhidos pelo IGC, para os integrar numa amostra mais alargada, que irá reportar às entidades europeias.
A par destas atividades, mantidas pela urgência atual da pandemia, a cooperação entre o IGC e o INSA será reforçada com o desenvolvimento de outras iniciativas de carácter científico e clínico, designadamente na identificação, proteção e potencial exploração de inovações tecnológicas e de conhecimento científico, na formação pós-graduada e em estágios, e na publicação de trabalhos científicos.
Nesse sentido, Fernando de Almeida considerou que o protocolo é o “desenrolar natural” da colaboração entre os institutos e um exemplo de como esta é essencial. De igual forma, Isabel Mota lembrou a importância de reforçar a colaboração entre institutos de investigação, frisando que essa é a única forma de vencer a pandemia.