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Um saco de boxe vermelho pendurado numa sala de convívio poderia, à primeira vista, indiciar que estamos perante um ambiente potencialmente tenso ou stressante. Nada de mais errado. Na sala de convívio e refeições do piso 0 da Incubadora do Taguspark, o ambiente não poderia ser mais tranquilo e inspirador. É neste espaço, com salas de reunião, laboratórios e trotinetes, que dezenas de empreendedores trabalham todos os dias para desenvolver os seus projetos, com o objetivo de transpor as suas ideias do papel para o mercado. Como denominador comum, os empreendedores têm o facto de trabalharem em projetos de natureza científica e tecnologia.
Por aqui já passaram startups que se revelaram casos de sucesso nacional e mundial. Foi aqui que nasceu a Talkdesk, considerada como um unicórnio (designação atribuída às empresas que atingem uma avaliação superior a mil milhões de dólares). Foi aqui que Cristina Fonseca e Tiago Paiva, antigos alunos do Instituto Superior Técnico, começaram a desenvolver o serviço de call center através de cloud, disponível para qualquer tipo de empresas, que tornou a Talkdesk num fenómeno mundial. Também a Digisfere – empresa tecnológica de fotografia que foi comprada em 2015 pela Google – foi incubada nestas instalações.
Um milhão de euros investidos na revitalização da incubadora
Atualmente, a Incubadora do Taguspark acolhe mais de 20 empresas e prepara-se para receber em breve entre cinco e seis novas empresas, na sequência da última call que terminou no passado dia 15 de dezembro. Ainda este ano, este espaço de incubação no município de Oeiras receberá mais novas startups. Quem o assegura é o CEO do Taguspark, Eduardo Baptista Correia: “Estamos já a preparar uma nova call que deverá acontecer em maio ou junho. Decidimos avançar com uma nova call há novos projetos a querer entrar na nossa incubadora”.
Ao site Oeiras Valley, o CEO do Taguspark explicou ainda os investimentos que foram feitos recentemente na revitalização da Incubadora. “Regenerámos toda a arquitetura interior da incubadora, criando um ambiente contemporâneo. Alargámos o espaço para o dobro. Com isto conseguimos lançar novas calls, para captar mais startups, melhorámos a qualidade do quotidiano de quem aqui trabalha e introduzimos novos serviços, como foi o caso do serviço de consultoria externa”, explica o responsável.
No total, o Taguspark investiu cerca de um milhão de euros neste processo. “Cabe-nos garantir que fornecemos as condições necessárias – quer do ponto de vista de infraestruturas físicas, mas também no que diz respeito a algumas componentes de gestão, como o acesso ao capital e ao know how – para que estes jovens empreendedores possam levar as suas ideias e projetos a bom porto”, assegura o CEO do Taguspark.
Mas a aposta do Taguspark no empreendedorismo não se fica por aqui. Há mais cartas na manga. O próximo passo é lançar uma aceleradora de negócios na área das ciências da vida, orientada para a Medicina, que permitirá o acesso dos empreendedores a mentores e investidores nas áreas científicas.
“Queremos apoiar de forma ativa a capacidade de empreendedorismo, respondendo ao anseio de quem procura criar e que pode encontrar aqui o ambiente ideal para testar ideias, conceitos, modelos de negócio”, assegura Eduardo Baptista Correia.
Principais serviços da Incubadora do Taguspark:
- Serviços Gerais: Salas de reuniões; Centro de Congressos do Taguspark (Pequeno Auditório e/ou Salas de Formação, no limite máximo de dois dias por ano); Caixa postal; Limpeza; Segurança e controlo de acessos eletrónico; Parque de estacionamento disponível não pago e lugares reservados para os visitantes da Incubadora;
- Apoio na definição do modelo de negócio mais adequado e a desenvolver;
- Promoção de contacto com investidores, com promotores de programas de apoio ao empreendedorismo de base tecnológica;
- Promoção de iniciativas de dinamização da comunidade da Incubadora;
- Apoio na elaboração de candidaturas a Sistemas de Incentivos ao Investimento;
- Apoio na simplificação e agilização de mercados pela aproximação da oferta à procura;
- Facilitar o contacto com empresas instaladas no Parque (potenciais fornecedores, clientes e/ou parceiros de negócio);
- Programa de mentoring e coaching com entidades externas e com empresas do Taguspark;
- Serviços de consultoria, e apoio ao negócio e comercial.
Fonte: Modelo da Incubadora do Taguspark, julho de 2018