A iniciativa visa criar uma plataforma que irá possibilitar a criação de novos biofármacos que impedirão a infeção do vírus e melhorar o controlo de ameaças virais.
Cláudio M. Soares e Diana Lousa, investigadores do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA), apresentam nova plataforma que vai revolucionar a antecipação de novos surtos.
Após a pandemia causada pela Covid-19, surgiu a necessidade de antecipar possíveis novos surtos, face à importância de uma preparação prévia para uma resposta mais eficaz. Neste sentido, foi desenvolvido um projeto de investigação liderado pelos dois investigadores, o BioPlaTTAR – Platform for the Tailored and Rapid Development of Antiviral Biopharmaceuticals.
A iniciativa visa criar uma plataforma que irá possibilitar a criação de novos biofármacos que impedirão a infeção do vírus e melhorar o controlo de ameaças virais. À bioquímica aliam-se, assim, um conjunto de especialidades, nomeadamente de algoritmos matemáticos.
Em entrevista ao jornal Observador, Diana Lousa refere a importância de ter uma estrutura já definida para combater vírus que possam emergir – “Desde o método mais eficiente para desenhar proteínas, até à melhor forma de produzir e validar. Para que, em poucos meses, consigamos ter uma pequena proteína ou anticorpo desenhado especificamente para atacar um novo vírus ou variante”.
Portugal volta, assim, a destacar-se na pesquisa e na investigação científica, preparando-se para possíveis futuras pandemias.